Biografias
Biografia de Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche
Filósofo alemão, descendente de pastores protestantes, nasceu em15 de Outubro de 1844, na cidade de Rocken, nas proximidades de Leipzig, na Prússia. Seu pai e seus avôs eram pastores protestantes. Nietzsche teve muito desse espírito religioso durante a infância, e cogitava continuar a linhagem. Sua mãe era piedosa e puritana. Em 1849 perdeu o pai e o irmão quando Nietzsche tinha 5 anos, e Nietzsche foi criado pela sua mãe com sua avó, duas tias e uma irmã.. Mudou-se então para Naumburg, cidade às margens do rio Saale, onde cresceu, em companhia feminina: a mãe, a irmã, duas tias e a avó. Era uma criança feliz, aluno exemplar, dócil e leal. O zelo e mimo familiar fez com que ficasse um pouco deslocado, pois não gostava dos vizinhos, que armavam arapucas para passarinhos e bagunçavam. Preferia a calma do estudo, e os coleguinhas o chamavam de pequeno pastor, rejeitando maiores relações com ele. Lia a Bíblia, para si e para os outros.Em 1858, Nietzsche conseguiu uma bolsa de estudos na escola de Pforta, onde havia estudado filosófo romântico Fichte ( 1762-1814 ). Leu Schiller ( 1759- 1805) e Byron (1768-1824), escritor boêmio romântico que foi um dos gurus do romantismo. O Romantismo teve uma importância decisiva na juventude de Nietzsche, que mais tarde, na maturidade, criticou-o. Com essas leituras, e mais a influência de alguns professores, começou a se afastar do cristianismo. Na adolescência estudou muito a bíblia, o latim, autores clássicos, grego e a cultura grega. Gostou muito de Platão e Ésquilo. Escreveu um trabalho escolar sobre Teógnis (século VI a. C). Saindo de Pforta, partiu então para Bonn, onde estudou filosofia e teologia. Junto com seus colegas, Nietzsche teve um período de orgias sensuais, e arriscou atuar nas artes masculinas de fumar e beber, abandonando-as em seguida por considera-las corruptoras da percepção e pensamento. Em 1867 é chamado para o serviço militar, mas teve um acidente quando montava a cavalo.Seus músculos peitorais se distendem.
Seu professor preferido, Ritschl, de cultura grega, o persuadiu a mudar para Leipzig e se dedicar a filologia. Ritschl considerava a filologia o estudo das instituições e pensamentos, e não só o estudo das formas literárias. Seguindo o mestre, Nietzsche completou seus estudos brilhantemente em Leipzig, e realizou estudos sobre Homero, Diógenes Laércio (século III) e Hesíodo (século VIII a. C). A partir desses estudos, aos 24 anos, foi nomeado professor de Filosofia Clássica em Basiléia e professor de filologia clássica da Universidade de Leipizig. Tinha vinte e quatro anos, e se interessava por música e poesia. Queria viajar para Paris, mas o professor Ritschl, em 1869 lhe propôs o posto de professor e ele aceitou. Lá conheceu um dos únicos amigos cuja amizade durou até o fim, Overbeck, que era professor de teologia. Nietzsche ocuapa-se com muito trabalho. Dá aulas sobre Ésquilo e paletras, como: "Sobre a personalidade de Homero", "O drama musical grego". Redige um texto, A origem e finalidade da tragédia. Alguns não concordam com Nietzsche, mas todos o consideram um jovem de futuro promissor. Em 1870 ocorre a Guerra Franco Prussiana, passo importante para a unificação alemã. A Alemanha se industrializa, a exemplo da Inglaterra e França, que desde o século anterior passavam por processo de mecanização da produção. Otto von Bismarck, militar responsável pela unificação alemã, declara guerra à Prússia. Nietzsche participa da guerra como enfermeiro mas logo adoece de disenteria e difteria. Essa doença pode ser a origem dos problemas de saúde que o atormentaram por toda a vida. Recupera-se lentamente e volta para a Basiléia , afim de continuar suas atividades. Fica com a idéia de que o estado e a política são antagonistas.
Ocorre a guerra civil da França e queimam-se os arquivos do museu do Louvre. Nietzsche fica desesperado, pois considera um crime contra a cultura. Conclui o primeiro livro, O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música. Meditou sobre o assunto enquanto atuava como enfermeiro. O livro tem forte influência de Wagner (1813-1883) e Schopenhauer. Por volta de 1865, passava por uma livraria quando viu a reedição de um livro que não havia feito muito sucesso na época em que foi feito: O Mundo como Vontade e Representação. Encontrou nele um espelho no qual redescobriu a vida com uma natureza assustadora. Passa então, a realmente se interessar por filosofia. Neste livro está contida a idéia principal de que os atos dos seres vivos são fruto de uma cega vontade de viver. Nietzsche admira-se com o seu ateísmo, e no Gaia Ciência chama Schopenhauer de primeiro filosófo assumidamente ateu. Schopenhauer diz que os meis de produção só são admiráveis quando podem ser adquiridos por qualquer homem, e que o aumento de custo e a falta de acesso levam a uma centralização do poder negativa. Antes da guerra, em 1868, Nietzsche e Wagner se encontraram. Nietzsche gostava de sua músicas, como Tristão e Isolda. Através de Brockhauss, um professor da universidade casado com a irmã de Wagner, se encontraram. Nietzsche passou a vistar Wagner em Tribschen, que não ficava longe da Basiléia. Caracterizou o lugar como seu lar e seu refúgio. Wagner era profundo conhecedor da filosofia de Schopenhauer. Em 1872 é publicado o Nascimento da Tragédia, que começa falando do drama musical grego onde o dionísico se opõe ao apolíneo. O deus Dionisio (existe também a grafia Dioniso), do vinho e da festa, levava em seus cultos à experimentação dramática da existência. Os homens experimentavam a exarcebação dos sentidos, a vertigem e o excesso nos cultos ao Dinonísio, o Baco dos romanos. A palavra bacanau deriva dessas festas em homenagem a Baco. O dionisíco, é como um apolínio uma pulsão cósmica, só que de outro tipo. Nela, se aniquila as fronteiras e limites habituais da existência cotidiana. É o prazer da ação, a inspiração, o instinto. A existência cotidiana e a existência dionísica são separados um do outro. Mas ao passar o turbilhão perceptivo do culto a esse deus, volta-se ao estado normal, deseja-se a vida ascética. Os deuses gregos eram necessários para esse povo, diz Nietzsche, porque legitimavam a existência humana. Os homens viviam seus deuses, que mostravam a vida sob um olhar glorioso. Na tragédia grega, a platéia participava também. À tragédia se opõe a comédia. Nos cultos, o deus se revela mostrando o drama da individualização. O livro de Nietzsche é de um especialista em cultura e mitologia gregas. Transborda de lirismo.
O apolíneo surge nas homenagens ao deus Apolo. É o inverso de Dionísio, pois é o deus da moderação e da individualidade, do lazer, do repouso, da emoção estética e do prazer intelectual. Esse deus surge, na cultura grega depois de Dionísio. A arte grega retratava seus deuses e as pulsões cósmicas se manifestavam nas atividades artísticas. A arte grega era a união desses dois ideiais, que se alternavam. A música e o mito são inseparáveis na arte grega. O mito trágico expressava toda a crueldade do mundo dionísico. O coro é dionísico, e o diálogo, apolíneo. O pessimismo estava presente na arte grega, pois os gregos conheciam a dureza da vida. Essa dureza leva à desilusão, que é vencida na arte. A complementação que existia nas experiências antagônicas do Dinosíco e Apolíneo foi destruída pela civilização. A Grécia de então não separava o manual e o intelectual, o cidadão e político. A filosofia dos pré-socráticos é afirmadora da vida e da natureza, pois o pensamento está unido com esse fenômeno, a vida. Mas Sócrates corrompeu essa atividade grega, com as suas teorias, realçou o lado frouxo do caráter ateniense e corrompeu a juventude. O caráter da filosofia passa a julgar a vida, humanizar a natureza, iluminar a escuridão do mundo com a luz tênue da razão. No lugar ao filósofo mediador, que recria os valorers, surgiu o filósofo metafísico. Sócrates é o responsável pela divisão na consciência entre o aparente e o real. Nas suas conversas e perambulações descobriu que os homens não tinham conhecimento seguro de suas atividades, não resistiam à sua dialética e a sua maiêutica, eles agiam apenas por instinto O instinto passa, de força criadora a ser crítico. Sócrates teve que pagar por sua audácia e sua serenidade diante da morte o tornou um exemplo, um novo ideal da juventude ateniense.Nietzsche também faz a crítica a Sócrates no livro O Crepúsculo dos Ídolos.
Assim, o mito dionísico desapareeu da Grécia, deixou de ser vivenciado pelos homens. A exaltação, encarnada na folia da orgia e corrobada pela música deram lugar ao apreço civilizatório. Mas será que essa exaltação sumiu para sempre? Nietzsche reconhece em Wagner um Ésquilo moderno que restaura os mitos instintivos, tornando a unir a música e drama em êxtase dionísico. É esse o caráter de sua música, segundo Nietzsche, que , junto com o povo alemão, iria restaurar o mundo experimentado sob transe místico. A música é uma linguagem universal em alto grau. Todas as sensações humanas, seus esforços, seu interior, pode se refletir e se expressar pelas melodias. A razão lança isso no conceito negativo do sentimento, diz Nietzsche. E , continua segundo a doutrina de Schopenhauer, vendo a música como expressão da vontade. O peso da existência é atenuado com estimulantes e deles derivam a civilização. Pode ser socrática, artística ou trágica. Exemplos respectivos: a civilização alexandrina, helênca ou hindu. A característica da civilização socrática é o otimismo, que está escondido na lógica. Ao mito se sucedeu a clareza do conhecimento. Nietzsche foi músico amador, embora quisesse mais do que isso. Era bom pianista e suas composições musicais chegam a dar bom volume. Wagner adorou o livro, dizendo numa carta que suas palavras ainda não cobriam a grandeza do livro, pois eram insuficientes. Mas ele também provocou reações adversas, como a do helenista Mallendort. Pohden e Wagner respondem à crítica, que veio em forma de panfleto. Wagner gostava de Bakunin na juventude. Em 1872 Nietzsche voltou a Basiléia. Profere palestras. É polêmico e envolvente. Fala sobre a difusão da cultura na Alemanha. Defende a tese de que o ensino não deve ser apenas profissionalizante, mas capacitador do desenvolvimento das faculdades humanas. Desgostoso com o silêncio sobre o seu primeiro livro, afunda no trabalho e na reflexão. Vem-lhe a idéia de que a filosifia é o médico da civilização. A filosofia deve ser crítica, não passiva. Redige uns pedaços de A Filosofia na Época Trágica dos Gregos.
Nietzsche não é um pensador sistemático. Não podemos fazer divisões rígidas de seu pensamento, e classificá-lo é difícil. Alguns estudios dividem a sua obra em três fases: · pessismismo romântico-(1869-1876) influência de Wagner e Schopenhauer.· positivismo cético-(1876-1881) período de rupturas. Influência do moralismo francês. Critica o caráter demasiado humano da filosofia e defende a liberdade de espírito. · período de reconstrução- A fase de Zaratustra e da afirmação da vida. Escreve um ensaio Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra Moral, no qual explora o lado gnisiológico, de origem e fundamentação do conhecimento. O conhecimento é uma ilusão, a única relação do homem com o mundo possível é a estética. O conhecimento típico do homem, que assimila o mundo à sua perspectiva. Existem os instrumentos do conhecimento (categorias e linguagem) e seu produto, o mundo percebido. Uma das perspectivas que aprecem em Nietzsche é noção de que o instinto da conservação da espécie é a responsável por muitos atos. O conhecimento é útil à preservação da vida e é tembém o objetivo de todos os líderes religiosos. O conhecimento não é transcedente e o homem é criador de seus valores. O homem interpreta e dá um sentido humano às coisas, o resultado disso é o mundo articulado. O conhecimento foi inventado em um minuto pelo homem, em relação à idade do cosmo. Foi um minuto mentiroso. A verdade é procurada para ser válida e comum e a linguagem dá as primeiras leis da verdade. A verdade e a mentira seriam relativas, válidas apenas sob o ponto de vista humano. No processo de antropormofizção do mundo, o reduzimos e generalizamos. Por exemplo, ao estereotiparmos folha, ignoramos qual folha é verdadeira e válida. Não exise na natureza a folha, elas são bilhões. Nietzsche observa os humanos de longe e não os considera seres privilegiados. Um dos pontos principais de sua obra é a crítica aos valores judaico-cristãos. O homem não é divino. O ser humano necessita sobreviver e dominar, e essa vontade de poder e de dominar está presentes em toda sua história. O ser humano se apega à mentira do conhecimento como se sua filosofia ou ciência explicasse realmente o mistério cósmico. O conhecimento , a moral e a metafísica são invenções humanas. No século XVIII caíram as teorias da origem divina do homem.
Mas existe o idealismo metafísico, o homem é divino, a Terra é escolhida. Para Nietzsche, o homem está sem Deus, sem causa transcendente. Oconhecimento é ativo e submisso à vida. O mundo que tem valor é o que criamos ao perceber. Nossas verdades são mera ilusão. Para crescer em potência, uma espécie deve moldar sua concepção de realidade e comportamento em leis inváriaveis e elementos prevísiveis. Nos filósofos anteriores a Nietzsche, os orgãos de conhecimento eram de origem incodicionada ou transcendente. Para Nietzsche , a capacidade espiritual do homem tem um contexto natural e social. Kant havia dito que só podemos conhecer fenômenos e não a coisa-em-si. Nietzsche aceita essa posição. Ele vai contra o racionalismo como instrumento da verdade, e vai contra o empirismo também, baseado na coisa dada e apreensão dos fatos. Para Nietzsche a verdade se tornou uma multidão de metáforas e metonínias, ou seja, relações humanas. Mas elas parecem objetivas e incriadas. O homem só conhece o efeito das leis da natureza e não as próprias leis. A atividade do conhecer é um meio de se atingir a potência. Para se contrapor à ilusão em que vivemos, devemos desenvolver uma força artística. O mundo que percebemos é uma obra de arte dos sentidos e do intelecto. Da concepção de conhecimento deriva a noção kantiana do conhecimento como atividade constituinte e legisladora. Nietzsche é contra a humanização do mundo. A objetividade, para o homem é uma função prática da subjetividade. A essência se torna sentido e o sentido é uma força ou valor. Esse livro, Sobre Verdade e Mentira no Sentido Extra-Moral, é sobre verdade e linguagem. A palavra não é mais do que uma representação sonora de uma excitação cerebral. Nietzsche chega à velha verdade: existe um abismo entre a sensação e a linguagem. Com a vida gregária vem a designação obrigatória e verdadeira das coisas. Assim surge a verdade, de caráter social , convencional. Nietzsche criticou David Strauss, num ensaio que obteve aceitação, dentre outros, do hegeliano de esquerda Bruno Bauer. Nos ensaios das Considerações Extemporâneas, livro de caráter polêmico, critica o historicismo e as Universidades. Diz que o Estado não protege nunca homens como Schopenhauer e Platão, pois tem medo deles. É acusado de megalomania.
Nietzsche sempre foi um defensor do virtuosismo, bem como do espírito guerreiro. Diz que toda a arte e filosofia são um meio para a vida que cresce. Os homens grandes sofrem . Os sofredores são de dois tipos: os de abundância de vida, que querem uma arte dionísica e, ao contrário, os que sofrem de empobrecimento de vida. Os românticos são da última categoria. Cita como exemplo de românticos desse tipo Wagner e Schopenhauer, seus ídolos da mocidade, quando já estava maduro, na Gaia Ciência. Em 1872 , Nietzsche freqüenta assiduamente a casa de Wagner. Wagner, e sua mulher Cosima lhe tratam com respeito.Nietzsche tem uma paixão contida por Cosima. Wagner se muda e eles começam a se afastar. Nietzsche começa a se isolar. Em 1876, vai assistir a tetralogia de Wagner que fazia muito sucesso O anel dos Nibenlungos, e deixara-se embriagar com isso. Nietzsche se irrita com o caráter burguês da obra e pela nivelação da sociedade medíocre, que grosseiramente se entusiasmava pela música. Desiludido, Nietzsche vai para Bayeuruth. O Parsifal, de Wagner, é uma exaltação ao cristianismo e à santidade. Mais tarde, no Caso Wagner, critica este músico em muitos aspectos. Começa a sofrer de saúde. Paul Reé, um médico, vem lhe prestar auxílio. Paul publicara em 1875 as Observações Psicológicas e se preparava para o segundo livro. Em novembro de 1876 Nietzsche e Wagner convivem pela última vez. Na Gaia Ciência, fala que eles tiveram uma amizade astros, mas como dois navios com obetivos próprios, partiram para mares e sóis diferentes. Nietzsche vai para Sorrento, numa estada proveitosa. Volta para a Basiléia e a Universidade, a saúde piora. Em maio de 1878 lança Humano, Demasiado Humano, numa crítica aos valores. Seguem-se opiniões negativas e positivas. Wagner, Rohde e Malwida ficam embaraçados, contra. Outros ,como Overbeck, Rée e Gast elogiam o livro. Bruno Bauer o elogia, mais tarde. O livro é lançado em comemoração ao centenário da morte de Voltaire, em 1879, Nietzsche se aposenta da faculdade e ganha uma bolsa de 400 franco anuais por serviços prestados à cultura. A Basiléia foi seu lar durante dez anos. Lá viveu, fez amigos trabalhou, sempre critcando o vazio de muitos eruditos. Frequentara a vida acadêmica. Passou, então, a ter uma vida errante. Em 1870, sua saúde piora de vez, ele fica a beira da morte. Crises graves e initerruptas durante meses. Restabelecido, mas não totalmente, viaja pela Europa: Suíça, Itália, França e Alemanha. Numa linguagem mais amena, mas não menos crítca, escreve com todo o seu ser, suas verdades são sangrentas. Ignora o que sejam verdades espirituais.
Em 1880 Nietzsche publica O Andarilho e sua Sombra. Escreve Aurora, em que se empenha "numa luta contra a moral da auto-renúncia". Em 1885 escreve a Gaia Ciência. Esse livro é o de um homem culto do século XIX, opinando sobre diversos assuntos em pequenas sessões. Faz crítica literária, artística, filosófica e até política. Ve a juventude com outros olhos. O jovem é um barril de pólvora , que pode se inflamar em torno de qualquer ideologia. Nesse sentido, acha o hegelianismo perigoso. A obediência aos costumes é moralidade. Os fracos governam, pois associaram-se e recriminam os fortes. O que é proveitoso cosntitui o valor. O homem é o criador de valores, mas se esquece de sua criação. A moralidade é o instinto gregário do indivíduo. Quem é punido é quem pratica os atos. Na sociedade, existem os instintos de rebanho. Atribuem-se as palavras um sentido fixo e acha que ela espelha a realidae, que tem caráter transitório. O homem chega, pelos costumes, à convicção de que é preciso obedecer. No inverso disso, existe o prazer, a autodeterminação e a liberdade de vontade. O espírito livre revolta-se contra a crença. Para libertar-se, é preciso um longo processo de abandono de hábitos e comodidades. Nietzsche não era racional, depois passou a criticar a teologia e elogiar um pouco a ciência. Mas ela está carregada de antroprofismos. A parte positiva é que ela se livrou do além, da vida após a morte. Escapou das crenças mas não da crença da verdade.Nietzsche diz que os homens de ciência não tem espíritos livres. A interpretação científica não é unica. No inverno de Gênova, ve a obra musical Carmen, de Bizet. Sente-se arrebatado e transportado. É um retorno à vida, depois de estar de caras com a morte. No final de abril de 1882, Nietzsche chega a Roma. Viajou em um cargueiro. Sua vida amorosa não foi das melhores. Foi recusado no pedido de casamento duas vezes. Conheceu, através de um amigo, duas jovens de origem russa, em 1876. Pediu em casamento a mais velha (eram irmã), que mais tarde se casou com Hugo. Em julho de 1876 encontrou uma francesa, Louise Ott. Na Sícilia, Paul Rée e Malwida lhe escrevem, pedindo que conheça uma moça, Louise von Salomé, russa que viajava pela Itália com a mãe. Era muito inteligente e tinha uma personalidade liberada. Ela se relaciona com Nietzsche, mas também gosta de Rilke e admira Freud. Em Roma se conheceram e Nietzsche se apaixonou. Vão para a Suíça com Rée. Querem ter uma vida cultural, com muitas pesquisas em um grande centro, num projeto que chamas de Santa trindade. Nietzsche pede lou em casamento e obtém nova recusa. Ela escreveu um livro sobre Nietzsche, em 1894. O trio se separa. Depois, voltam a ficar algumas semanas juntos. Nietzsche quer fazer de lou uma discíplua que continue seu pensamento. A família de Nietzsche é contra sua paixão. Seu comportamento é liberado demais: vive com dois homens sem ser casada.. E Lou acabou ficando com Rée em Belim por cinco anos. Rée foi assassinado em 1904, depois de praticar sadomia. Lou se casou com Carl Andréas. Em Silas Maria, Surlei, Nietzsche tem a visão do eterno retorno, teoria que colocará em sua obra prima, Assim Falava Zaratustra. A energia e a matéria do universo são finitas e ele está sempre em fluxo, de modo que, no futuro, as coisas voltam. Cada instante traz a marca da eternidade e volta a acontecer um número infinito de vezes. As civilizaçõs voltarão, até mesmo Nietzsche voltará. O universo é animado por um movimento circular sem fim. Passa de um frescor para desenvolver-se e chegar ao ápice, e renasce, como Phoenix, de si mesmo. A soma de energia permanece igual no universo. Apesar disso ,Nietzsche condenava a crença na vida após a morte.Para ele o homem havia sido preso pela suas crenças, inventadas e colocadas acima do real. Não devemos voltar para o além e o eterno, pois essa mistificação reduz o homem a condição de servo e destrói as fontes mais profundas da vida. No lugar dessas crenças, devemos reconhecer em nós e na história a Vontade de Potência, de poder. Na teoria do eterno retorno, o mundo se alterna na criação e destruição, alegria e sofrimento, bem e mal. Em Zaratustra, Nietzsche é um defensor do virtuosismo, virilidade, contatos rústicos com a natureza e espírito guerreiro. Como explica em um poema, Nietzsche estava num jardim,no inverno de Rapallo, esperando e meditando além do bem e do mal, quando "um se fez dois, e Zaratustra passou por mim". Nada tem a ver com o Zaratustra persa. Quando Nietzsche terminou a primeira parte de Zaratustra, Wagner morreu (sua última música foi Parsifal) .Terminou o livro em 1885. Em 1888, Nietzsche escreve o Nietzsche contra Wagner,que junto com o Caso Wagner, constitui a justificatica teórica, exorcista, das suas desavenças com Wagner. Nietzsche o critica a torto e a direito, e é famosa a frase em que diz: "Wagner acaricia cada instinto budista e embelaza-o com a música; acaricia toda a forma de cristianismo e toda a forma de decadência." Nietzsche reconhece em Wagner o pessimismo, infkuência de Schopenhauer, e estava em uma fase de afirmação do lado positivo da vida. Foi muito difícil editar Assim falava Zaratustra, "um livro para todos e para ninguém". Como em muitas edições de seus livros, Nietzsche pagou do próprio bolso a última parte da obra- Foi uma tiragem de quarenta exemplares,mas não tinha para quem mandá-lo, pois estava sem amigos, e enviou-o para sete pessoas. Overbeck lhe manda livros de vez em quando, pois sabia que Nietzsche estava em dificuldades financeiras.
Nietzsche começa a redigir Além do Bem e do Mal. É o livre-pós Zaratustra, sobre o qual disse: "é incimpreensível, pois remete a experiências só minhas, e eu não encontro companhia nem entre os vivos, nem entre os mortos". Nietzsche faz prefácios para edições anteriores de seus trabalhos e redige a última partee de a Gaia ciência. Leu Dostoievsky, e adorou sua psicologia, que põe em personagens. O próprio Nietzsche via em si e em sua filosofia uma fonte para muitos psicólogos, que ele considerava terem muito a evoluir. Escreve Para uma genealogia da moral, que complementa e ilustra para além do bem e do mal. Nietzsche ve ao origens e motivos que fizeram o homem viver de acordo com a mentira da moral, que serve aos fracos. Escreve um adendo para o Além do bem e do mal. Em 1889, começa a pirar. Saindo do seu quarto de pensão, vê um cocheiro açoitando seu cavalo. Precipita-se entre o animal e o açoite e perde os sentidos. Ficou desmaiado dois dias. Quando Overbeck vai visitá-lo, está louco. Diz que é o sucessor do deus morto e o bufão da eternidade. Escreveu cartas para muitas pessoas, assinando como Dionisio, o crucificado. Nietzsche sofria da saúde então. Não conseguindo tratamento adequado, se tornara seu próprio médico. Tomava drogas como o ópio, haxixe e cloral. Escreve a primeira parte de seu projeto A vontade de potência, O Anticristo. Escreve Ditirambos de Dionísio. Escreve Ecce como. Os ditirambos são poemas, Nietzsche gostava de poesia, admirava Goethe e sua sabedoria. No anticristo, continua seu ataque à moral cristã, como força inimiga da vida, restringidora da vontade de potência , e cuja influência apolínea desvirtuou a humanidade. Nietzsche é internado na Basiléia. Sua mãe foi contra. O diagnóstico é paralisia cerebral progressiva e tendo como agravante sua saúde precária. Nietzsche fica dócil e seus amigos duvidam de sua loucura. Nas visitas , revela boas memórias. A irmã de Nietzsche, Elizabethe Foster, volta do Paraguai, depois da morte do marido anti-semita, que Nietzsche não gostava. Depois de uma luta judicial, consegue a responsabilidade pelos escritos do irmão, e passa a manipulá-los. Eles tiveram uma relação incestuosa. Ela publica a Vontade de Potência, não de acordo com a vontade do autor, mas uma coletânea de anotações e aforismos. Os livros de Nietzsche fazem sucesso na virad do século, ele obtém reconhecimento, e seus livros dão dinheiro. Mas não adiantavamais, era tarde.No hospício, Nietzsche escreve Minha irmã e eu. Morre em agosto de 1900. Sua irmã ainda manipulou seus escritos a favor do fascismo, era admiradora de Mussolini. Sua teoria do super-homem foi adaptada para servir ao arianismo. Nietzsche critica Kant, ora contra ora a favor. Diz que sua sabedoria era imensa. Que era um cristão pérfido, insidioso.Devemos a Kant um avanço metafísico, o de não crer mais na possibilidade de conhecer um além-mundo. Ele se orgulhava de seu avanço, o de ter descoberto os juízos sintéticos a priori (antes da experiência), sendo possíveos graças à uma faculdade. Mas Nietzsche diz que não temos de acreditar em tais juízos, no seu valor prático, mas nos perguntar como eles são possíveis. Porque preferir sempre a verdade? Ela nem mesmo é fixa e inalterável. Nietzsche é adepto do perpectivismo, a pessoa enxega o mundo de acordo com sua perpectica sócio-cultural. A partir so sujeito,o sujeito não pode ser pensado , só vivido, sempre a entender e a interpretar. Nietzsche o chama de o velho Kant, o grande chinês de Koninsberg. Os siatemas filosóficos exemplares de Kant eHegel tem colocado fórmulas e valorações nos campos em que atuam. Para Nietzsche, Hegel e Schopenhauer se colocaram contra bestial mecanização do mundo. Embora voltados para a modernidade, não faziam do racionalismo algo reducionista.Assim também acontece com Goethe, que Nietzsche não critica, diz que ele inspira respeito. Nietzsche, inicialmente via no povo alemão uma força dionísica, capaz de afastar a monotonice apolínea instaurada na Europa. Mas depois critica os alemães em diversos pontos. Diz que depois de dominar o espírito, se entediam com ele. Esse povo embruteceu com o cristianismo e o alcóol. O essencial de sua cultura superior está perdida. Nietzsche reagiu contra o historicismo de Hegel, que justifica as ações dos homens de acordo com o espírito e com o absoluto.
No Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche analisa como Sócrates conseguiu penetrar no coração dos nobres atenienses. Tocava no instinto de combate grego e era um erótico. Assim, conseguiu se sobressair, apesar de ser feio. Então ele afastou as mitificações que exploravam o lado obscuro da natureza, que só podia ser sentido, vivido, e não pensado. Afastou-o com a luz da razão, que elevou à categoria de tirana. Para Nietzsche, a verdade e a falsidade não mais existem, mas sim sinais, o homem está destinado a multiplicidade, pois tudo é interpretação. Nietzsche condena a noção que se encontra na cultura de muitos povos, que explicam tudo sob a luz racional e terceirizam para um além mundo o que não se encaixa. Assim, a razão é considerada como divina, pois seu estado de clareza leva a um falso bem estar. A natureza, para Nietzsche , está além das concepções humanas de entendimento. Essa mesma natureza devia ser experimentada de acordo com o espírito guerreiro, temos de viver em estado de guerra e resistir aos apelos supra terrenos. Ele criticou a metafísica, que colocava o mundo como reflexo diminuído de algo transcendente. A recompensa para o sofrimento dessa vida, segundo o cristianismo, está no além. O cristianismo é um vale de lágrimas. São os escravos e vencidos, ou seja os que não podiam experimentar esse mundo com o virtuosismo que ele merece, que fizeram a moral dos fracos, inventando o além. Para recuperar o lado positivo da vida, é necessário uma transmutação de todos os valores, uma revigoração da cultura judaico-cristã. No processo de transformação , teríamos de lutar contra os erros sob os quais fomos criados, como o ressentimento (é tua culpa se sou fraco), a consciência de culpa e o ideal ascético. Mas sua tarefa é solitária. Toda a civilização é produto de bases falsas, os eruditos são o que tem maior responsabilidade para lutar contra esse defeito, e questionar os próprios princípios. A cultura encontra-se em decadência, como resultado do afastamento da força da vida, tão escassa no universo. Nietzsche se afastou, ao enxergar a verdade cada vez mais longe. Mas pagou sua divída por esse afastamento ao criar seu herói solitário, Zaratustra, um questionador da cultura e civilização,bem coo da moral e valores sobre o qual ela se apóia.
Zaratustra
A tarefa de conscientização de Zaratustra não é fácil, ele encontra a ignorância do "populacho" em um tempo não definido. Zaratustra é o personagem principal de um romance filosófico-poético. Com trinta anos, sobe à montanha para escapar dos males das relações humanas e adquirir conhecimento da natureza. Vive em exposição aos elementos naturais, e junto aos seus animais (uma águia e uma serpente). Lá vive por dez anos, até saciar de seu conhecimento como abelha que produz muito mel, e parte para o convívio humano. A narrativa é pouca, o que preenche o livro são os discursos de Zaratustra. Ao descer encontra um velho e depois de dialogar se interroga: "será possível que este homem santo não saiba que deus morreu?" Nietzsche já havia feito essa afirmação na Gaia Ciência, e desenvolve com Zaratustra. Os Deuses morreram de tanto rir, ao ouvir a afirmação de que só existe um Deus. Nietzsche pretende colocar com essa afirmação que a civilização racional afastou as interpretações místicas do mundo, prevalecendo na Terra, o senso comum, e nele não há lugar para Deus, pois o homem não pode suportar não ser Deus, e portanto Ele não existe. A ignorância do dogmatismo faz com que acreditemos em coisas absurdas. Pelo fato de não podermos explicar, colocamos nossas esperanças no fim das frustações no além . Para substituir a divindade morta, Nietzsche sugere o super-homem: o bom senso da Terra. O que há de nobre do homem é ser ele um fim e não um meio. O super-homem é a ponte, é ele o raio. O homem é algo que será superado. Ele é o resultado da vontade de potência exercida, um paradigma da virilidade e virtuosismo. Se coloa além do bem e do mal, e fez seus valores em pedaços. O povo ri do discurso de Zaratustra, que resolve não pregar mais em praças. Ao longo do livro, Zaratustra viaja e expõe sua doutrina sobre assuntos diversos, adquirindo alguns discípulos. Os poetas mentem em demasia, Zaratustra expõe a verdade. É um apoio à margem do rio, mas não uma muleta. Por trás de toda a moralidade existe a vontade de poder. O homem deve exercer o poder da vida, de modo a servir de solo ao super-homem. A moral é uma força contrária à natureza. Para chegar ao super-homem Nietzsche não descarta a eugenia, a procriação para fins de superação. Passa-se o sangue e a alma para o filho, o qual continua as obras. O sangue é espírito também. A educação deve enobrecer o espírito humano e não restringi-lo. Uma vida viajante faz com que não nos prendamos em rotinas, temos que se viver em estado de alerta, como guerreiros. Zaratustra só poderia crer num deus que dança, pois todos os dias em que não há danças estão perdidos. Zaratustra critica o Estado, pois ele não representa o povo. Tudo nele é falso, diz Zaratustra. O homem deu valores às coisas afim da autoconservação, um valor humano e inadequado. A humanidade não existe, pois é uma abstração. Os sábios servem o povo e a supertição, não a verdade. Ela está aonde o povo está. Zaratustra conversa com a vida e com os animais, que chegam a cuidar dele em sua época de doença e delírio. A vida lhe confia um segredo: "Olhe, eu sou o que deve ser superior a si mesmo". Zaratustra crítica os estultos e ama a liberdade. É o último dos sábios, e conhece a arte da retórica. Zaratustra parte em busca de novos horizontes, Primeiro vai para as ilhas bem aventuradas, depois se aventura para além do oceano. Passa pela cidade dos tolos, escorraça-os. Encontra aquele que matou Deus, sempre em busca do homem superior. Mas volta para a terra onde morava e quer retornar à sua gruta. Ouve o grito do homem superior e, no caminho, encontra diversos personagens: os reis, o viajante, o homem mais feio, o mendingo. Convida-os tanto para um jantar em sua gruta, onde se dá a ação final. Lá há espaço e comida para todos. Zaratustra consegue o reconhecimento desses homens, com seu pensamento , que de modo crítico, coloca a arte e poesia como força criadora e de vida, o único valor possível. Os outros livros de Nietzsche são influenciados pelo o de Zaratustra. Nietzsche se superou, como pensador da cultura e artista. Sua influência na filosofia posterior é grande, como em Deleuza, Heidegger e Foucault. Depois da segunda guerra, houve uma etomada da interpretação de sua filosofia, em sua acepção original, não deturpada. Fez a crítica da modernidade, e seu bravo peito desbravou os horizontes possíveis com o artífico da linguagem, e não cedeu diante as adversidade,em sua vida incomum. Influenciou também os existencialistas e os psicólogos. Além de músico, poeta filológo e filosófo, foi um grande escritor. Suas obras tem um tom profundo e coeso, como em Platão.
Idéias de Nietszche
Para Nietzsche o mundo passa e voltará a passar indefinidamente pelas mesmas fases e cada homem voltará a ser o mesmo em novas existências. Para os fracos que se conformam na humildade, no temor ao pecado e na infelicidade, esta revelação é esmagadora. Porém, para os fortes, que souberam tornar-se super-homens, este é um pensamento exaltador. Além da influência da cultura grega, particularmente de filósofos como Platão e Aristóteles, Nietzsche foi influenciado pelo filósofo alemão Schopenhauer, pela teoria da evolução e pelo seu amigo compositor Richard Wagner. Um dos pontos básicos defendidos por Nietzsche era que os valores tradicionais (representados principalmente pelo cristianismo) perderam seu poder na vida dos indivíduos. Ele expressou isso na sua fala "Deus está morto". Ele estava convencido que os valores tradicionais representavam uma moralidade escrava, uma moralidade criada por indivíduos fracos e ressentidos que estimularam comportamentos gentis por interesses próprios. Nietzsche dizia que novos valores poderiam ser criados para substituir os tradicionais, e sua discussão dessa possibilidade levou-o ao conceito do super-homem. De acordo com Nietzsche, as massas, que ele chamou de rebanho, correspondem à tradição, enquanto que que seu super-homem ideal é seguro, independente e altamente individualista. O super-homem sente profundamente, mas as suas paixões são racionalmente controladas. Concentrando-se no mundo real, ao invés de concentrar-se nas recompensas do próximo mundo prometido pela religião, o super-homem vive a vida, incluindo o sofrimento e a dor que acompanham a existência humana. Seu super-homem é um criador de valores, um criador de moralidades máximas que refletem a força e a independência de alguém que está liberto de todos os valores, exceto aqueles que ele acredita válidos. Nietzsche defendeu a idéia de que todo o comportamento humano é motivado pela busca do poder. No sentido positivo, a busca do poder não é simplesmente ter poder sobre outros, mas poder sobre si-mesmo, que é necessário para criatividade. Tal poder se manifesta no super-homem como independência, criatividade e originalidade. Embora Nietzsche negasse que o super-homem existisse, ele citou alguns indivíduos que poderia servir como exemplo. Entre eles, citou Socrates, Jesus, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Shakespeare, Goethe, Julio Caesar e Napoleão. O conceito do super-homem tem sido frequentemente interpretado como uma declaração de sociedade mestre-escravo e, portanto, associada ao totalitarismo. Mas muitas escolas negam essa conexão e atribuem isso a uma interpretação errônea do trabalho de Nietzsche.
Influência de Nietszche
Poeta aclamado, Nietzsche exerceu muita influência nas literaturas germânica e francesa, e na teologia. Seus conceitos tem sido discutidos e elaborados por filósofos alemães como Karl Jaspers, Martin Heidegger e Martin Buber. Também há interpretações do teologista Paul Tillich e escritores franceses como Albert Camus e Jean Paul Sartre. O estudo de Nietzsche é muito difícil. Ler Nietzsche é chato, todos dizem, e a maioria das pessoas que lerem o que se escreve sobre ele provavelmente nunca o lerão. Então tem sido mais importante o que dizem a seu respeito do que o que ele realmente disse. Por causa disso sugere-se 4 regras para bem estudar Nietzsche.Regra 1: Não leia de forma absoluta nada que Nietzsche escreveu, mas sinta-se livre para interpretar o que você pensa que ele poderia ou deveria ter dito, pois só assim você poderá suportar seus argumentos. Regra 2: Se você precisar ler algo que Nietzsche escreveu, nunca leia em ordem, ou em série, e certamente nunca, nunca no contexto. Sua ilusão de entendimento do que ele disse vai apenas levá-lo a criar sua interpretação do que você pensa que ele poderia ou deveria ter dito. Regra 3: Quando realmente estiver lendo Nietzsche (se você realmente precisar), o que você pensar que ele escreveu será com certeza muito mais importante do que o que ele realmente disse. Nunca imagine que ele está descrevendo como as coisas são ou foram: sempre interprete os pensamentos dele como sendo a maneira como ele pensava que as coisas deveriam ser. Regra 4: Lembre-se que o que você interpreta de Nietzsche é mais importante do que o que ele realmente disse. A história está no seu lado ! Esteja atento ! Suas Principais Obras Foram: A Origem da Tragédia, Humano demasiado humano, Para Além do bem e do mal, Assim falou Zaratustra, A Genealogia da Moral, O Crepúsculo dos Ídolos, e outros.
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